Figuras históricas
Conheça e aprenda com as figuras históricas do passado para desenvolver a humanização no presente. Leia o artigo na íntegra e saiba mais sobre as figuras históricas com a Humanizae!

Ninguém nasce sabendo de tudo ou sendo prometido a grandes feitos. Mas, às vezes, o mundo precisa de pessoas que nascem querendo saber de alguma coisa a mais, dispostas a fazerem algo que vão além de suas próprias individualidades. Nascem, por exemplo, com a disposição de influenciarem outras pessoas que contarão sobre os feitos no futuro para outras gerações. Essas pessoas, quando ganham muito prestígio entre seus povos, são chamadas de “figuras históricas”.
O que são figuras históricas e porquê se tornam importantes?
Nós, como indivíduos, somos finitos na duração de nossas vidas. Mas, quando lutamos por uma causa maior, estendemos nossa existência para o infinito.
Figuras históricas foram pessoas que motivaram transformações além de seu tempo e romperam a barreira do finito, estendendo-se para o infinito da existência humana.
Figuras históricas são pessoas que tiveram um papel significativo na história de sua comunidade por terem sido grandes líderes, artistas, cientistas, esportistas ou qualquer outra função que tenha exercido uma contribuição notável no tempo e espaço em que viveram, que repercutiu ao longo da existência mesmo após sua morte.
Ou seja, é uma pessoa que causou um impacto significativo em um lugar, objeto ou em um documento de grande relevância para a história de uma comunidade, sendo um marco significativo na memória coletiva das pessoas ao longo dos tempos.
Conhecer as figuras históricas da humanidade é importante para nos ajudar a compreender os períodos de transição e as influências que causaram para constituir o mundo em que vivemos hoje. Essas pessoas são um exemplo de como os valores são construídos e alterados ao longo do tempo para construir diferentes parâmetros de julgamento e existência.
Assim, as figuras históricas são importantes porque elas nos ajudam a entender o pensamento de um período histórico, bem como as mudanças de paradigma do mesmo.
Por isso, estudar as figuras históricas da humanidade é importante para encontrarmos exemplos importantes de inspiração valores e conceitos que sejam significativos para a história. Assim, ao estudar sobre as figuras históricas da humanidade você adquire referências que podem ser decisivas para orientar experiências individuais e sociais que construam a sua própria história de maneira autentica e significativa.
8 exemplos de figuras históricas:
- Aristóteles
- Cleópatra
- King Tut
- Leonardo da Vinci
- Marie Curie
- Martin Luther King Jr.
- Nelson Mandela
- Mahatma Gandhi
A internet disponibilizou um acervo gigante de informações que nos permitem conhecer trabalhos e curiosidades de diversas figuras históricas. Por exemplo, a página de Arte e Cultura do Google permite encontrar figuras históricas para estudar as influências que podem exercer na sua vida social, pessoal ou profissional.
Uma figura histórica no mostra o que é possível e o que não é possível dentro da realidade de uma sociedade. Elas nos ensinam lições importantes sobre o passado, presente e futuro da humanidade.
Os costumes e habilidades em comum de figuras históricas podem incluir a capacidade de liderar, pensar de forma criativa, ter determinação, boas habilidades de comunicação, ter resiliência e ser capaz de mobilizar múltiplos campos do conhecimento.
O conceito de hegemonia e contra hegemonia
A história é marcada pelo conflito de ideologias, interesses e narrativas. Sendo assim, hegemônica é a perspectiva narrativa das civilizações dominantes, enquanto que contra hegemônica é a perspectiva das civilizações oprimidas. Sendo assim, a hegemonia é o poder de um grupo social para determinar os processos históricos.
A história hegemônica é uma das correntes historiográficas que se utiliza do conceito de hegemonia para analisar os processos históricos.
Para os autores da história hegemônica, o conceito de hegemonia é fundamental para entender os processos históricos. Segundo eles, a hegemonia é um fenômeno multidimensional, que envolve politica, economia, ideologia e cultura. Além disso, a hegemonia é um processo dinâmico, que está sempre em construção e manutenção.
Segundo um dos principais pensadores sobre o conceito de hegemonia, Perry Anderson afirma que a história hegemônica “(…) procura situar as transições e os conflitos fundamentais da história mundial na luta de classes e de projetos de sociedade” (ANDERSON, p. 13).
O termo hegemonia, de acordo com Perry Anderson, é composto por duas palavras gregas: hegemonia, que significa “mando”, e logos, que significa “conhecimento”. Assim, o conceito de hegemonia pode ser traduzido como “conhecimento do mando”.
Perry Anderson, professor de ciência política na Universidade de Califórnia, defende que a história hegemônica deve ser analisada a partir das estruturas de poder e das relações de classe, destacando o papel do Estado, das elites e das formações sociais no desenvolvimento das hegemonias políticas e culturais.
Em Passagens da Antiguidade ao Feudalismo, Anderson explora a formação dos Estados modernos e o impacto das revoluções burguesas na configuração da hegemonia ocidental. Sua abordagem é fortemente influenciada pelo pensamento gramsciano, especialmente no conceito de hegemonia como um processo de dominação que combina coerção e consenso.
É importante destacar que a história hegemônica foi fortemente criticada a partir da segunda metade do século XX devido a associação ideológica à classe dominante, que utilizava os recursos narrativos de romances para construir “heróis” e “vilões”.
Como reação crítica à história hegemônica, pesquisadores adotaram o ponto de vista dos povos dominados para entender a construção de outras narrativas para compreender o mundo atual.
Assim, podemos perceber que o papel de figuras históricas pode ter diferentes interpretações se for analisado de forma hegemônica ou contra hegemônica. Por exemplo, os bandeirantes paulistas são exaltados pelos colonizadores como símbolos de liberdade, coragem e bravura; mas, se analisados pela perspectiva indígena, os mesmos personagens podem ser interpretados como símbolos de violência, truculência, exploração e oportunismo.
Por isso, é importante ter em mente qual perspectiva adotar quando analisar os feitos de uma figura histórica para ter consciência de qual narrativa está sendo abordada durante o discurso.
Muitos historiadores acreditam que a história hegemônica é uma narrativa que busca privilegiar os interesses de uma determinada classe ou grupo.
Assim, podemos dizer que a história contra hegemônica é aquela que busca contar a história de forma alternativa à corrente tradicional de grandes poderes.

A história contra hegemônica, ao contrário, busca contar a história de forma mais equânime, dando voz a grupos e figuras históricas que não tiveram a oportunidade perseverar ao longo do tempo na história hegemônica.
Alguns defendem que a história contra hegemônica é uma forma de reescrever a história de modo a favorecer determinados grupos. Outros, no entanto, acreditam que a história contra hegemônica é uma importante ferramenta de resistência para mudar a realidade de povos que sofreram séculos de opressão e apagamento de suas culturas, sendo a história contra hegemônica uma forma de reviver a diversidade de outros grupos sociais.
Portanto, a história contra hegemônica é uma importante ferramenta de resistência e crítica, que pode ajudar a mudar a realidade para entender o funcionamento das dinâmicas sociais da humanidade ao longo da história. Ela é importante porque mostra uma alternativa, fora dos pontos de vista comuns dos métodos tradicionais de narrativa para encarar os fatos.
Assim, conhecer a história contra hegemônica pode nos ajudar a desenvolver um senso crítico mais aguçado para encarar a realidade, além de nos permitir conhecer outras influências importantes para a humanidade.
Figuras históricas contra hegemônicas
Quando pensamos em figuras históricas, logo vêm à mente nomes de imperadores como Napoleão Bonaparte, Júlio César, Alexandre, entre outros que aprendemos durante o ciclo básico de ensino.
Essas pessoas, sem dúvidas, foram decisivas para suas sociedades, influenciando diretamente na formação das nações e na construção de ideais coletivos.
Mas, a depender da perspectiva, nem todas as figuras históricas têm um legado positivo. Muitas delas tiveram que cometer atrocidades em suas próprias comunidades ou em comunidades estrangeiras para alcançar o poder e o reconhecimento que têm hoje.
Além disso, há também aquelas que, apesar de não terem visibilidade, foram fundamentais para a formação de um pensamento crítico resistente ao status quo. Essas são chamadas de figuras históricas contra hegemônicas.
Figuras históricas contra hegemônicas são indivíduos ou grupos que resistem às ideias dominantes, buscando construir um pensamento social alternativo.
Essas pessoas não necessariamente têm uma visibilidade grande e, muitas vezes, atuam sem prestígio ou visibilidade.
Conheça agora 8 exemplos de figuras históricas contra hegemônicas:
- Luís Gama;
- Zumbi dos Palmares;
- Lélia Gonzalez;
- Ailton Krenak;
- Hannah Arendt;
- Milton Santos;
- Paulo Freire;
- Chefe Sealth;
Conhecer as figuras históricas contra hegemônicas é importante porque elas representam uma resistência às ideias dominantes. Essas pessoas são fundamentais para a construção de um pensamento crítico e resistente, que pode levar a uma transformação social.
Além disso, as figuras históricas contra hegemônicas nos ensinam a questionar os valores estabelecidos e a refletir sobre as desigualdades e injustiças sociais existentes. Elas nos mostram que é necessário lutar pelos nossos direitos para construir um mundo melhor para todos.
Considerações finais sobre figuras históricas
Ao longo da história, diversas figuras políticas e ideológicas tornaram-se hegemônicas, ou seja, passaram a dominar o cenário político e os discursos produzidos para a população.

As figuras históricas costumam ser referências em suas respectivas áreas de atuação e pensamentos que frequentemente examinamos e reproduzimos ao longo da existência da humanidade.
Mas, para além disso, as figuras históricas contra hegemônicas são essenciais para a construção de um pensamento crítico e resistente, nos mostrando que é possível lutar contra a opressão para construir um mundo melhor. Por isso, é importante conhecê-las e entender o seu papel na história.
Para começar, é importante entender o conceito de hegemonia. Hegemonia é um termo utilizado na ciência política para se referir à dominação de uma região, um grupo social ou uma ideologia sobre outros.
Por isso, estudar humanidades é importante para conhecermos as figuras que foram influentes ao longo da história. Estudar humanidades nos da os recursos necessários para analisar e contrapor diferentes pontos de vista para a melhor compreensão dos períodos históricos.
Portanto, conhecer diferentes figuras históricas pode ser decisivo para conhecer outras referências significativas na construção da sua subjetividade.
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