O que é relativismo cultural e qual sua importância?
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Introdução
O relativismo cultural é um conceito central na antropologia contemporânea. Para o relativismo cultura, não existe um padrão absoluto de comportamento ou valor humano que deva ser seguido a risca – ou seja, o que é considerado “normal” depende da cultura em que o sujeito vive na sociedade.
Isto significa que todos os grupos culturais têm seus próprios valores e crenças, e ninguém pode ser julgado pelos padrões de outra pessoa.
O relativismo cultural foi formulado pela primeira vez pelo antropólogo Franz Boas, que argumentou que todas as sociedades se fundam sobre o mesmo tipo de estruturas básicas.
Ele acreditava que todas as sociedades partilham de uma perspectiva comum sobre o mundo, e que as diferenças que vemos entre os grupos culturais são apenas superficiais.
A ideia do relativismo cultural é importante porque nos ajuda a entender que não há um único modo de viver ou de pensar sobre o mundo. Em vez disso, existem múltiplas maneiras de vê-lo, sendo todas elas válidas para compreender a realidade.
Assim, o relativismo cultural nos ensina a respeitar as diferenças entre os grupos culturais, e a não julgar as pessoas pelos nossos próprios padrões.
Por que o relativismo cultural é importante para a antropologia contemporânea?
Desde a fundação da antropologia científica no século XIX, o relativismo cultural tem sido um princípio central da disciplina.
O antropólogo Jack Goody argumenta que o relativismo é “o princípio básico da antropologia”. O relativismo é importante para a antropologia porque nos ajuda a compreender as diferentes formas pelas quais os seres humanos vivem e organizam suas sociedades.
O relativismo é o princípio de que as pessoas interpretam o mundo de acordo com seus próprios sistemas de crenças, valores e experiências. Isso significa que não há verdades universais, apenas interpretações diferentes. O relativismo leva a um maior entendimento e aceitação das diferenças culturais.
O relativismo cultural na antropologia contemporânea
É um importante conceito na antropologia contemporânea. É a ideia de que os valores, crenças e comportamentos de um grupo são determinados pelas normas e valores, e não pelo indivíduo.
Isso significa que os valores de um grupo são mutáveis e podem ser alterados pela comunidade a qualquer momento. O relativismo cultural é uma das principais razões pelas quais a antropologia é tão importante para o entendimento da humanidade.
A antropologia é o estudo da humanidade e, portanto, é o estudo das diferentes formas pelas quais os seres humanos vivem e pensam. A antropologia não apenas estuda as diferentes sociedades do mundo, mas também seus valores, crenças e comportamentos.
O relativismo cultural é um conceito importante porque nos ajuda a compreender como as sociedades mudam e como os seres humanos podem mudar as sociedades.
É também importante para a antropologia, mas também é importante para outras áreas do conhecimento. É importante, por exemplo, para o entendimento do Direito, da Política e da Economia associados com as Relações Internacionais entre nações.
As raízes do relativismo cultural
A antropologia contemporânea está repleta de exemplos de relativismo cultural.
De acordo com o relativismo cultural, não há um modo de vida humano natural ou universal; em vez disso, todos os seres humanos são socialmente construídos.
Existem muitas raízes para o relativismo cultural na antropologia contemporânea. Um dos principais é o trabalho de Franz Boas, um dos fundadores da antropologia moderna.
Boas acreditava que todos os grupos humanos eram igualmente evoluídos e que não havia um grupo que pudesse ser considerado superior aos outros. Ele também argumentou que as diferenças culturais não podiam ser explicadas pelas diferenças biológicas entre os grupos.
Em vez disso, as diferenças culturais eram o resultado da história e da experiência de cada comunidade.
Outra importante figura no desenvolvimento do relativismo cultural foi Margaret Mead. Mead estudou várias sociedades diferentes e concluiu que as expectativas sociais desempenhavam um papel crucial na determinação do comportamento humano.
Ela argumentou que as pessoas aprendiam a agir de acordo com as normas da sociedade em que viviam e que essas normas variavam de sociedade para sociedade.
Mead também sugeriu que as diferenças culturais eram mais profundas do que as diferenças biológicas e que as pessoas de diferentes sociedades podiam ser extremamente diferentes em seus modos de vida.
Hoje, o relativismo cultural é amplamente aceito na antropologia contemporânea. Embora existam algumas vozes críticas, a maioria dos antropólogos concorda que as diferenças culturais são o resultado da história e da experiência de cada grupo e que não há um modo de vida humano natural ou universal.
O relativismo cultural é uma das ideias fundamentais da antropologia contemporânea e um conceito crucial para entender a diversidade humana.
As críticas ao relativismo cultural
As críticas ao relativismo cultural têm sido levadas a cabo por vários filósofos e antropólogos.
O relativismo cultural é uma teoria que sustenta que as crenças, os valores e as práticas de um grupo cultural são próprios desse grupo e não podem ser julgados pelos padrões de outros grupos.
No entanto, alguns autores argumentam que o relativismo cultural leva à acomodação e à tolerância de práticas que são moralmente repreensíveis, como o genocídio, a escravatura e a mutilação.
Outros críticos argumentam que a teoria do relativismo cultural é incoerente e que leva à apatia moral. No entanto, é importante ter em mente que o relativismo cultural não é um argumento para a acomodação ou a tolerância de práticas moralmente repreensíveis, mas sim uma teoria que sustenta que as crenças, os valores e as práticas de um grupo cultural são próprios desse grupo e não podem ser julgados pelos padrões de outros.
No entanto, o relativismo não deve ser visto como um problema, mas sim como uma forma de entender e aceitar as diferenças culturais.
Em um mundo cada vez mais globalizado, o relativismo cultural é um princípio importante que nos ajuda a lidar com as diversas formas de vida que encontramos.
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Se quiser estudar mais sobre o relativismo cultural, recomendamos os seguintes livros como referência:
Antropologia cultural – Franz Boas
Cultura e Personalidade – Margaret Mead
Renascimentos: Um ou muitos? – Jack Goody
Até mais 🙂
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