6 temas sociais contemporâneos para aprofundar os estudos
A sociedade contemporânea tem dado, com razão, muita relevância para os temas sociais. Por isso, conheça os temas sociais mais importantes da contemporaneidade e saiba como desenvolver a humanidade com estudo e aprendizagem. Acompanhe o artigo e saiba mais!

Nada escapa à discussão sobre os temas sociais contemporâneos. Seja em uma mesa de bar ou em sala de aula, uma hora ou outra alguns desses temas entrarão em pauta.
É possível identificar diversos temas sociais contemporâneos que são importantes, mas, ao longo desse artigo, destacaremos 6 temas sociais importantes para você prestar atenção.
Introdução
Os temas sociais da contemporaneidade são importantes porque mostram os principais problemas e as principais preocupações do sistema atualmente, aspectos que precisam ser resolvidos e melhorados na nossa sociedade.
Assim, os temas sociais da contemporaneidade precisam ser discutidos para gerar reflexões e debates construtivos fundamentais para que possamos continuar existindo com qualidade de vida.
Normalmente esses assuntos geram muitas discussões polemicas por evidenciarem diferenças ideológicas entre grupos de indivíduos. Por isso, é muito importante tomar cuidado com posicionamentos radicais e superficiais sobre esses temas, já que não são questões simples de serem resolvidas e não serão solucionadas se não houver compreensão entre as partes de um debate.
Veja a seguir os principais temas sociais para prestar atenção atualmente:
1. Raça e Etnia
O primeiro tema que vamos discutir nesse artigo é raça e etnia.
Raça e etnia são conceitos usados para categorizar e descrever grupos humanos, mas eles têm significados distintos e são frequentemente confundidos, apesar da relação intrínseca.
Raça é um conceito socialmente construído que categoriza pessoas com base em características físicas, como cor da pele, tipo de cabelo, formato do rosto e outras características fenotípicas. O conceito de raça foi historicamente usado para justificar hierarquias sociais, discriminação e opressão, como no caso do racismo científico e das políticas de segregação que aconteceram nos Estados Unidos e África do Sul, por exemplo.
Já etnia refere-se a grupos de pessoas que compartilham uma identidade comum baseada em aspectos culturais, como por exemplo: costumes, língua, ritos, religião e outras características socioculturais compartilhadas.
Alguns exemplos de grupos étnicos incluem judeus, curdos, bascos, afro-americanos, hispânicos, entre outros.
As diferenças entre elas é que enquanto a raça é baseada principalmente em características físicas, etnia é baseada em aspectos culturais e sociais e, por isso, a identidade étnica pode ser mais fluida e contextual do que a racial, pois envolver pode envolver algumas escolhas pessoais que podem mudar ao longo do tempo.
Casos emblemático que representam essas mudanças étnicas é o de Malcom X e Muhammad Ali, que fazem parte da classificação racial afrodescendente e converteram-se ao islamismo ao longo de suas vidas, representando mudanças étnicas ao longo de suas vidas.
Algumas das questões raciais e étnicas mais comuns discutidas atualmente são o racismo e a xenofobia. Ambos são baseados em preconceitos e estereótipos que marginalizam e oprimem grupos específicos, mas operam de maneiras distintas e em contextos diferentes.
O racismo é um sistema de opressão que privilegia um grupo racial em detrimento de outros, baseado na crença de que algumas raças são superiores a outras. Ele se manifesta em práticas institucionais, políticas, culturais e interpessoais que perpetuam a desigualdade racial e, consequentemente, social.
O racismo pode ser explícito (como em discursos de ódio ou atos de violência) ou implícito (como em vieses inconscientes e microagressões). Ele também se manifesta estruturalmente, através de políticas e práticas que sistematicamente desfavorecem certos grupos raciais.
O Apartheid na África do Sul, as Leis Jim Crow nos Estados Unidos e o colonialismo europeu são exemplos de sistemas racistas institucionalizados que, de forma direta ou indireta, perpetuam até os dias de hoje.
Já a xenofobia é o medo, aversão ou hostilidade em relação a pessoas percebidas como estrangeiras ou diferentes, frequentemente com base em sua nacionalidade, cultura ou etnia. Ela pode se manifestar em atitudes e comportamentos discriminatórios contra imigrantes, refugiados e minorias étnicas.
A xenofobia pode se expressar através de discursos de ódio, políticas anti-imigração, violência contra comunidades estrangeiras e exclusão social. Ela é frequentemente alimentada por narrativas nacionalistas e protecionistas.
A crise dos refugiados na Europa, as políticas de imigração restritivas em vários países e os ataques a comunidades migrantes são exemplos atuais de xenofobia que estão muito presentes em discursos presidenciais de grandes potências, como por exemplo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Tanto o racismo quanto a xenofobia dependem da construção de um “outro” — um grupo que é visto como diferente, inferior ou ameaçador. Esse “outro” é frequentemente estereotipado e desumanizado para justificar a discriminação e a exclusão.
No caso do racismo, o “outro” é definido por características raciais. Na xenofobia, o “outro” é definido por nacionalidade, cultura ou etnia. Ambos os fenômenos têm impactos profundos na vida das pessoas afetadas, incluindo exclusão social, pobreza, violência e limitações ao acesso a direitos e oportunidades.
Por isso, é de extrema importância reconhecer a humanização do outro para compreendê-lo, também, como um indivíduo dotado de direitos e capacidades. Resolver essa questão é essencial para aproveitar de forma integral o potencial de desenvolvimento de todos os seres humanos, prezando pela diversidade que nos rodeia.
2. Gênero e Sexualidade
A discriminação de gênero e sexualidade é uma realidade que ainda afeta milhões de pessoas ao redor do mundo. Segundo a ONU, essa é uma das questões mais urgentes para serem resolvidas nos próximos anos.
A discriminação de gênero é o tratamento desigual que é dado a pessoas baseado em seu sexo ou identidade de gênero, que normalmente diferem da heteronormatividade. Ela pode aparecer em diversas esferas, como na educação, no emprego, na saúde, na segurança e nas relações familiares.
Apesar de todos os avanços que foram conquistados nos últimos anos, a discriminação de gênero e sexualidade ainda é uma realidade muito presente na sociedade.
Algumas das principais causas da discriminação de gênero e sexualidade são a falta de informação e de educação sobre esses temas, a influência da religião e da cultura, e a falta de políticas públicas que protejam os direitos das minorias.
Para acabar com esse problema, é necessário que haja uma mudança de mentalidade, de atitudes e de políticas públicas.
3. Espiritualidade e Religião
A religião sempre foi um tema controverso. Desde a antiguidade, os filósofos buscam explicar se a religião é um produto da natureza humana ou se é um dom de Deus.

A religião é um assunto complexo. Há várias definições para a palavra “religião”. De acordo com o dicionário de Oxford, a religião é “uma crença em um poder, espírito ou ordem sobrenatural que controla o mundo e as pessoas”.
Alguns filósofos defendem a tese de que a religião é um produto natural da imaginação humana. Segundo eles, a religião é fruto da própria humanidade, pois as pessoas fabricam deuses à sua própria imagem e semelhança para explicar os próprios fenômenos que vivenciam.
Dessa forma, a religião é utilizada e é muito importante para manter orientação na vida.
Outros filósofos e teólogos acreditam que a religião é uma dádiva de Deus. De acordo com esta tese, Deus revela a verdade religiosa às pessoas através da revelação divina. Estes filósofos acreditam que a religião é um dom de Deus, pois ele concede às pessoas a capacidade de entender a verdade religiosa.
O que é controverso nessa tema social é a influência que a religião causa nas dinâmicas sociais, principalmente, da esfera política.
Uma das principais máximas do estado democrático é a liberdade religiosa e, ao um grupo religioso se filiar a um partido e alcançar poder e influência por meio dele, impõe um único ponto de vista para a religião sobre as demais.
4. Ideologias político-econômicas
A democracia é o governo do povo. Mas, afinal, quem é o povo? Há pelo menos duas respostas possíveis para essa pergunta. A primeira é a resposta clássica, segundo a qual o povo é a soma de todos os cidadãos. A segunda é a resposta marxista, segundo a qual o povo é a classe trabalhadora.
Nas democracias liberais, a primeira resposta é a dominante. O povo é visto como uma entidade abstrata, com direitos inalienáveis que devem ser protegidos pelo Estado. Já nas democracias populares, a segunda resposta é a dominante. O povo é visto como uma classe histórica, com direitos que devem ser conquistados através da luta de classes.
Independentemente da resposta que se adote, é inegável que as ideologias desempenham um papel importante na política. As ideologias são sistemas de crenças que orientam a ação política. Elas definem os valores que os indivíduos devem defenderem e as metas que devem ser alcançadas.
As ideologias podem ser classificadas de diversas maneiras. Uma classificação bastante comum é a que distingue entre ideologias de esquerda e de direita. As ideologias de esquerda defendem a igualdade social e a redistribuição da riqueza. Já as ideologias de direita defendem a liberdade e a propriedade privada.
Mas essa classificação é um pouco limitada, resultado da dualidade ideológica que vivemos na sociedade.
O que vemos acontecer durante atualmente é a polarização entre ideologias de esquerda e de direita radical ou extremas e, a medida que os discursos se tornam cada vez mais divergentes, as chance de combate violento aumentam.
As ideologias de esquerda e de direita não são necessariamente opostas, mas elas estão em conflito. Esse conflito se manifesta de diversas maneiras. Primeiro, as ideologias de esquerda e de direita estão em conflito no nível das metas. As ideologias de esquerda querem a igualdade social, enquanto as ideologias de direita querem a liberdade.
Segundo, as ideologias de esquerda e de direita estão em conflito no nível dos valores. As ideologias de esquerda valorizam a igualdade, enquanto as ideologias de direita valorizam a liberdade.
Terceiro, as ideologias de esquerda e de direita estão em conflito no nível das estratégias. As ideologias de esquerda querem mudar as estruturas sociais, enquanto as ideologias de direita querem manter as estruturas sociais.
Quarto, as ideologias de esquerda e de direita estão em conflito no nível do poder. As ideologias de esquerda querem o poder do Estado para realizar a igualdade social, enquanto as ideologias de direita querem o poder do mercado para proteger a liberdade.
O conflito entre as ideologias de esquerda e de direita é um dos principais motores da história, esse conflito se manifesta de diversas maneiras, e as consequências são profundas.
O conflito entre as ideologias foi denominado como luta de classes e perdura até hoje nos estudos pós contemporâneos do marxismo. A diferença entre interesses fazem com que as classes sociais se organizem de forma diferente e entre em combate por suas ideologias.
A classe social é um conceito da sociologia moderna, utilizado para descrever os estratos ou camadas da sociedade. É um termo usado em sociologia e economia para analisar a distribuição de riquezas e poder.
Existem várias definições de classe social, mas geralmente ela é associada ao dinheiro, à riqueza e ao poder. As pessoas de classe alta têm mais dinheiro, riqueza e poder do que as de classe baixa.
A classe social é um conceito relativo. Isto significa que os membros de uma classe social não estão necessariamente limitados a uma única categoria. Por exemplo, uma pessoa pode pertencer à classe alta, mas ter uma renda mensal baixa.
A classe social é também um conceito dinâmico. Isto significa que a classe social de uma pessoa pode mudar ao longo da vida. Uma criança pode pertencer à classe baixa, mas se tornar membro da classe alta quando crescer.
Vale ressaltar a característica da mobilidade social descrita acima vale a penas para indivíduos, ou seja, exceções podem mover-se socialmente entre as classes. Mas, estruturalmente, é muito difícil que um grupo ou comunidade saia da classe social a qual pertencem por conta das estruturas de mantêm o status quo da forma que está.
Há várias teorias sobre a origem da classe social. Uma das teorias mais populares é a teoria da origem da classe social de Karl Marx. De acordo com esta teoria, as classes sociais surgiram com a formação da sociedade industrial.
A classe social é importante porque ela influencia a vida das pessoas. As pessoas de classe alta têm mais oportunidades do que as de classe baixa. Por exemplo, as pessoas de classe alta podem ter acesso a melhores escolas, empregos e moradias.
A classe social também influencia o comportamento das pessoas. As pessoas de classe alta tendem a ser mais conservadoras do que as de classe baixa. As pessoas de classe alta também têm mais chances de se tornar membros da elite política e econômica.
A classe social é uma realidade na vida das pessoas. As pessoas de classe alta têm mais oportunidades do que as de classe baixa. As pessoas de classe baixa, por sua vez, têm mais chances de serem pobres e marginalizadas.
É importante que as pessoas saibam a sua classe social. Saber a classe social permite que as pessoas compreendam as desigualdades sociais.
A classe social é um conceito muito importante na vida das pessoas. Saber a a classe social permite que as pessoas compreendam as desigualdades sociais que cercam o mundo contemporâneo.
6. Sustentabilidade e Meio ambiente
Considerações finais sobre os principais temas sociais da contemporaneidade
Como você pôde ver, os temas sociais estão muito presenta na sociedade de hoje em dia. Imagino que você mesmo deva ouvir falar de um desses temas pelo menos uma vez por dia.

Dessa forma, é muito importante estudar cada um deles; mas, mais importante que isso, é refletir em uma maneira de interligar a luta de todos esses movimentos em um único objetivo.
É um fato que todos esses problemas precisam ser resolvidos e, provavelmente, serão em alguns anos. Por isso, devemos começar a pensar nessas questões o quanto antes para nos adaptarmos as mudanças que aguardam.
Até mais 🙂
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